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Espanha quadruplica trens-bala em três anos e lidera revolução europeia

domingo, 14 de abril de 2024

A Espanha quadruplicou sua oferta de trens de alta velocidade, que viajam a até 310 km/h, nos últimos três anos e tem liderado a Europa nesse ramo de transporte.

Desde 2021, quando a União Europeia aprovou um pacote ferroviário obrigando os países a abrirem seus mercados nacionais à concorrência, três novas empresas de trens-bala se uniram à antiga Renfe AVE (sigla para Alta Velocidade Espanhola).

A concorrência foi intensificada pela entrada da francesa Ouigo e da italiana Iryo e teve um efeito notável na redução dos preços. Um estudo recente da plataforma de venda de passagens Trainline destaca uma queda de preços de 65% desde 2019, com o preço médio atual do bilhete em torno de 35 euros, o que dá 22% a menos do que no ano passado. De 2021 para cá, a queda foi de 48%.

A estatal espanhola Renfe opera sua marca AVE desde 1992, quando iniciou uma linha regional entre Madri e Sevilha. E assim foi por quase três décadas, quando, em 2021, a empresa francesa de trens de baixo custo Ouigo chegou ao país.

A concorrência obrigou a Renfe a lançar no mesmo ano uma segunda marca de baixo custo, a Avlo, cujos trens não têm primeira classe e operam com preços que às vezes não chegam a 10 euros. A Avlo pode ter descontos entre 60% e 90% em relação à AVE numa mesma linha.

No final de 2022, foi a vez da Iryo, uma empresa que tem a estatal italiana Trenitalia em seu DNA. A Iryo, por sua vez, concorre diretamente com a AVE, oferecendo primeira classe, refeições, bebidas e vagões-restaurantes.

"O preço médio dos bilhetes caiu muito e a procura cresceu. A demanda cresceu justamente por causa dos preços mais baixos e melhor serviço, maior concorrência de serviços", afirmou à Folha Antonio García Salas, da associação Corredor Sudoeste Ibérico, que reúne cerca de 40 empresas envolvidas no ramo de transportes na região.

Segundo Salas, há uma quinta empresa de olho no mercado espanhol, a portuguesa B-Rail. "Apesar de Portugal ainda não possuir trem-bala, a B-Rail trabalha atualmente na implantação de uma linha Lisboa-Madri, que terá três horas de duração", diz ele.

Uma pesquisa de passagem Madri-Barcelona na plataforma Trainline para um dia normal -por exemplo, a próxima terça-feira (15)- oferece nada menos que 46 trens diferentes entre 6h15 e 21h10, com durações entre duas horas e meia e três horas e quinze minutos.

Os tíquetes mais baratos partiam de 19 euros (R$ 103), com opções da Avlo, às 10h30 e às 19h30, ou da Ouigo, às 21h. Os preços não são fixos como outrora. Agora, eles seguem o esquema das companhias aéreas, cujos algoritmos aumentam e diminuem os valores de acordo com o dia, horário, disponibilidade etc.

Assim, o primeiro trem da Avlo para esse dia, às 6h15, estava muito mais caro: com apenas seis lugares restantes, custava 55 euros (R$ 299) no momento da pesquisa.

Mas, às 6h40, a mais luxuosa Iryo cobrava a metade do preço da low-cost: 28 euros (R$ 152) ou 38 euros (R$ 207) na primeira classe, com refeição. Vinte minutos depois, às 7h, a AVE estava pedindo 121 euros (R$ 659) por um assento simples, ou 143 euros (R$ 779) para a primeira classe.

Como comparação, a distância entre as duas cidades espanholas (630 km) é maior que a São Paulo-Rio (450 km) ou São Paulo-Belo Horizonte (570 km).

"Diferentes países estão adotando essa lei [de abertura à concorrência] com diferentes níveis de entusiasmo", contou à Folha Mark Smith, expert em ferrovias europeias e mantenedor do site especializado The Man in Seat 61 (www.seat61.com).

"A França foi forçada a aceitar dois trens por dia da espanhola Renfe para Marselha e Lyon. Mas a estatal francesa SNCF (Société Nationale des Chemins de fer Français) é notória por fazer tudo o que pode para dificultar a entrada de outros operadores no país", disse.

A República Tcheca e a Itália, por sua vez, se abriram à concorrência de forma mais transparente, afirma ele. "A antiga Trenitalia e a nova Italo Treno agora competem na rede de alta velocidade entre as principais cidades italianas. A Polônia e a Eslováquia também abriram os mercados, mas não há nada na Suíça, que não pertença à UE, ou na Croácia, por exemplo", afirmou Smith.

O Reino Unido adotou outra política. "Em vez de permitir operadores de acesso aberto a toda a nossa rede ferroviária, privatizamos abrindo licitações para contratos de franquias. Assim, a concorrência acontece na fase em que o governo cede as franquias, e não na fase em que o passageiro compra as passagens", afirmou.

Para Salas, da associação Corredor Sudoeste Ibérico, uma outra grande vantagem da chegada de maior oferta dos trens-bala é que eles são mais modernos e, portanto, menos poluentes que os anteriores.

"No caso do sudoeste ibérico, a produção de eletricidade tem emissões quase nulas de CO2, os gases com efeito de estufa. A Extremadura, que é a região espanhola que fica perto da fronteira com Portugal, tem uma capacidade de produção seis vezes superior ao seu consumo. E tudo praticamente sem emissões de CO2. Os trens de alta velocidade funcionam com essa eletricidade. Entre os outros, alguns são elétricos, mas muitos ainda funcionam com diesel", afirmou Salas.

No mês passado, voltou à baila na Espanha a ideia de se proibir voos para onde há a opção de trens com até duas horas e meia de viagem. O movimento é parte do plano do governo para reduzir as emissões de carbono até 2050.

O PSOE, do primeiro-ministro Pedro Sánchez, e a Sumar, coligação de esquerda que faz parte do governo, chegaram a um acordo no Congresso para reduzir esses voos domésticos, mas a maioria deles esbarra na exceção à regra: desde que não estejam ligadas a aeroportos que façam ligação com rotas internacionais.

Ou seja, os voos Madri-Barcelona, por exemplo, não poderão ser interrompidos porque quem compra uma passagem internacional em Barcelona poderia ter que passar por Madri para seguir viagem. O governo, no entanto, trabalha com a possibilidade de extinção de dez linhas.

"As pessoas costumavam pensar que três horas era o número mágico", explicou Mark Smith. Ele se refere ao fato de que, para o passageiro, uma viagem de trem de três horas equivale em tempo a um voo de uma hora. Pois é preciso contar meia hora indo ao aeroporto, uma hora para fazer check-in, uma hora para voar e mais meia hora do aeroporto de destino ao centro da outra cidade.

"Mas o presidente da estatal ferroviária francesa disse alguns anos atrás que o número mágico de três horas agora era de quatro ou até cinco horas por causa do tempo extra de check-in e da segurança adicional após o 11 de setembro. E também porque, nos trens, os empresários agora têm laptops, os trens agora têm tomadas e Wi-Fi, ou seja, o tempo no trem é tempo produtivo, e no voo não é bem assim", disse Smith.

"O perigo com essas propostas do governo é que elas parecem boas e geram manchetes positivas para os políticos. Mas se você não tiver cuidado, não terá nenhum efeito, especialmente se permitir voos onde você está conectado com um hub internacional", afirmou.

De fato, a França proibiu esses voos no ano passado, mas o efeito foi quase nulo para o mercado, pois atualmente se aplica a apenas três rotas do aeroporto de Paris Orly para Nantes, Lyon e Bordéus.

De qualquer modo, ajuda. De acordo com a indústria, a aviação representa 2% por cento das emissões globais de CO?. No entanto, estudos dizem que isso omite fatores-chave. Devido às emissões em altitude durante o voo, o impacto climático global da aviação pode ser responsável por 5% a 8% das emissões no mundo.

Informações: MSN
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Prefeitura de SP abre licitação para obras do BRT Aricanduva, que terá 13,6 km de extensão

quinta-feira, 11 de abril de 2024

A Prefeitura de São Paulo publicou nesta quarta-feira (10), por meio da SPObras, a abertura da licitação para contratação das obras do BRT Aricanduva, no trecho de 13,6 km, da Radial Leste até o Terminal São Mateus, na Zona Leste. Chamado Ônibus de Trânsito Rápido (ou Bus Rapid Transit), o sistema terá capacidade para transportar 290 mil passageiros por dia e beneficiar aproximadamente 1 milhão de pessoas de forma indireta. 

A licitação é feita por meio de uma concorrência internacional (SDP), regida pelo regulamento de aquisições do Banco Mundial em razão do contrato de empréstimo firmado entre a Prefeitura de São Paulo e a instituição financeira. O procedimento licitatório é uma solicitação de proposta (SDP nº 001/2024/BRT Aricanduva), do tipo técnica e preço, e seu orçamento é sigiloso. O Edital de Licitação em inglês ou português poderá ser obtido pelos Licitantes elegíveis interessados através de cadastro realizado em link disponível no site.

O BRT Aricanduva vai interligar os diversos modais da região, com conexões às linhas Vermelha do Metrô, 11 e 12 da CPTM, com a futura extensão da linha 2 (Verde) do Metrô e linha 15 do Monotrilho, além dos corredores de ônibus Radial Leste e Itaquera. 

O projeto prevê que o corredor terá paradas com cobrança desembarcada, pista no canteiro central com pavimento rígido (concreto), faixas de ultrapassagem nas paradas, pavimento flexível (asfalto) para as demais faixas, ciclovia e passeios acessíveis. Outro destaque é a Porta da Plataforma automatizada, que vai garantir a segurança dos usuários ao embarcar e desembarcar dos ônibus, evitando acidentes e garantindo uma operação mais fluida.  

O BRT Aricanduva será um componente essencial da malha de transporte público de São Paulo e, em especial, da zona leste da Capital. Com 13,6 km de extensão, seu trajeto terá início na intersecção da Av. Radial Leste com a Av. Aricanduva, segue acompanhando o traçado do Rio Aricanduva, e posteriormente da Avenida Ragueb Chohfi, seguindo até a altura de onde se situa o Terminal São Mateus da EMTU, na altura da Praça Felisberto Fernandes da Silva.  

O empreendimento interligará os diversos modais da região, com conexões às linhas Vermelha do Metrô, 11 e 12 da CPTM, com a futura extensão da linha 2 (Verde) do Metrô e a linha 15 do Monotrilho, além de corredores de ônibus Radial Leste e Itaquera. 

O corredor terá paradas com cobrança desembarcada, pista no canteiro central com pavimento rígido (concreto), faixas de ultrapassagem nas paradas, pavimento flexível (asfalto) para as demais faixas, ciclovia e passeios acessíveis.   

Estações de Embarque e Desembarque  

Serão implantadas 46 paradas (estações de embarque), com distâncias de 600 metros entre elas. Serão fechadas para viabilizar a cobrança desembarcada, contendo portas automáticas, banheiros, sistema contra incêndio com rotas de fuga e acesso à internet através de WIFI, permitindo que os usuários aproveitem o tempo de espera de forma produtiva. 

As plataformas contarão com acessibilidade, piso tátil, rampas acessíveis e estarão no nível dos ônibus, facilitando o embarque e desembarque de todos os passageiros. Também serão implantadas Salas de Apoio Operacional (Sala SAP) em cada estação.    

Operação com Sistema Inteligente 

A Prefeitura tem se empenhado em modernizar a cidade utilizando as tecnologias inovadoras com foco em servir a população. O projeto inclui a implantação de um moderno sistema de monitoramento contínuo em todo o trajeto, o que representa um avanço significativo no campo dos Sistemas Inteligentes de Transporte (ITS – INTELLIGENT TRANSPORTATION SYSTEM), oferecendo uma série de recursos e funcionalidades projetados para melhorar a experiência dos usuários e otimizar a operação do sistema. 

Em termos de gestão, o sistema permitirá a supervisão contínua dos ônibus em todo o corredor, garantindo maior eficiência operacional e pontualidade no serviço. Além disso, possibilita a supervisão do tráfego, contribuindo para uma melhor gestão da mobilidade urbana e uma maior fluidez, resultando em menor tempo de espera no embarque e desembarque dos passageiros. 

A bilhetagem desembarcada vai simplificar o processo de pagamento da tarifa, tornando-o mais rápido e conveniente para os passageiros.  

O recurso de Aviso aos Usuários vai fornecer informações em tempo real sobre horários de chegada e partida dos ônibus, além de alertas sobre eventuais atrasos ou interrupções no serviço, ajudando os passageiros a planejarem suas viagens com mais eficiência e evitarem contratempos. 

Outro destaque é a Porta da Plataforma automatizada, que vai garantir a segurança dos usuários ao embarcar e desembarcar dos ônibus, evitando acidentes e garantindo uma operação mais fluida. As portas vão se abrir automaticamente de acordo com os diversos tipos de ônibus operados pela SPTrans. Além disso, o sistema contará com recursos de sonorização e avisos de abertura das portas. 

Do ponto de vista social, um dos aspectos mais notáveis do sistema de monitoramento é a geração de dados estatísticos em tempo real, fornecendo informações valiosas para a tomada de decisões estratégicas e aprimoramento contínuo do serviço. O sistema de CFTV com vários vídeos analíticos permitirá uma vigilância abrangente das estações, desempenhando um papel crucial na prevenção de crimes e incidentes, particularmente no combate ao assédio contra mulheres. Além disso, vai permitir a supervisão das estações, com acesso aos dados em tempo real pela zeladoria, facilitando a manutenção e o gerenciamento das instalações. 

Em termos ambientais, o sistema vai contribuir para a redução do consumo de combustíveis, devido à maior fluidez do tráfego. Isso resulta em uma operação mais sustentável e na redução das emissões de poluentes. Outro ponto de inovação é que as paradas preveem placas solares em cada uma das estruturas, gerando economia energética. 

O corredor também contará com sinalização semafórica inteligente, com a implantação de fibra ótica. Os semáforos inteligentes são capazes de monitorar o volume e o fluxo de tráfego para, então, definir o tempo de duração dos sinais verde e vermelho. A captação das informações sobre o comportamento do trânsito ajudará a definir os intervalos que os semáforos vão operar. Todos esses aspectos vão contribuir para o melhor desempenho e produtividade da frota, contribuindo para a agilidade dos trajetos. 


O projeto prevê, ainda, toda a rede de dutos secos ao longo do corredor e travessias para a passagem dos cabos de iluminação pública, semafórica e fibra ótica para transmissão dos dados operacionais do corredor interligado ao COP (Centro de Controle Operacional do Corredor). 

Ciclovia e paisagismo 

Em ambos os lados do Rio Aricanduva, entre as pistas sentido bairro e sentido centro da Av. Aricanduva, o projeto prevê a construção de ciclovia e passeio ao longo de todo BRT, atendendo as normas de acessibilidade vigentes. Com foco na segurança dos ciclistas, a ciclovia será equipada com totens estrategicamente posicionados entre as estações, contendo botões de alarme, câmeras para registro de vídeo e um sistema de comunicação direto com as estações e a Central de Controle. Isso permitirá o acionamento rápido de equipes de segurança em caso de emergência ou necessidade de assistência. 

O empreendimento inclui um completo tratamento paisagístico e urbanístico, revitalizando a paisagem urbana da região e tornando as viagens mais agradáveis. 

SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo

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A importância do BRT na Avenida Brasil e como diminuir engarrafamentos

Em um lado da pista, passageiros no BRT Transbrasil conseguem reduzir bastante o tempo de viagem até o centro do Rio desde que o sistema começou a operar, no dia 01/04. Na mesma Avenida Brasil, fora da faixa exclusiva dos articulados, pessoas em ônibus convencionais e demais veículos sofrem com o aumento dos engarrafamentos, que em alguns casos impactam em muitas partes da cidade.

Na última quarta-feira (03/04), 184 km de congestionamento foram registrados às 8h. De acordo com o Centro de Operações Rio (COR), em relação ao mesmo horário das últimas três quartas-feiras, esse número representou mais que o dobro da média (138%), já que esses dias tiveram 77 km de carros parados.

Especialistas destacam a importância do novo sistema de transporte coletivo e apontam o que pode ser feito para reduzir o problema.

“O Transbrasil é um marco para a cidade. É um corredor há muito tempo esperado. Ele tem uma escala diferente dos outros corredores do BRT, não só cortando diversos bairros do Rio, mas também conectando com municípios da Baixada Fluminense, ainda que isso esteja até o momento em suspenso, esse é um aspecto fundamental por conta da conexão com os ônibus convencionais provenientes da Baixada. É um corredor que tem um potencial de redução das desigualdades para a população como um todo. A gente estima que pode beneficiar até 58% da população do Rio de Janeiro, aumentando o acesso às oportunidades de emprego, principalmente para as pessoas de baixa renda“, declarou Clarisse Cunha Linke, diretora executiva do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), que completou comentando as possíveis soluções para a redução dos engarrafamentos:

“Uma primeira questão é pensar em um pacote de medidas restritivas para caminhões de carga, que faça sentido, que seja coerente, acordado com o setor logístico. E uma segunda questão é a entrada do Governo do Estado para garantir que os ônibus intermunicipais façam parte da operação plena do BRT. É do interesse de todos que o sistema funcione, que seja bom e atrativo para que, inclusive, algumas pessoas possam trocar os carros pelos BRTs“.

Enquanto alguns novos usuários dos BRTs estão fazendo seus trajetos em bem menos tempo e sem congestionamentos, passageiros de linhas de ônibus convencionais municipais e intermunicipais que passam pela Avenida Brasil e motoristas de carros de passeio que usam a via diariamente têm sentido o trânsito piorar. “O trecho que eu levava uns 20 minutos em um dia normal, estou levando uma hora nos últimos dias. Ninguém anda. Tudo parado“, conta Anderson Ribeiro, que pega a linha 348 (Riocentro-Candelária) para chegar ao trabalho no centro da cidade.

Nesta segunda-feira, 08/04, mais registros de trânsito ruim na Avenida Brasil. Os trechos mais engarrafados ficavam na altura dos bairros de Irajá, Penha, Cidade Alta e Manguinhos. O Centro de Operações informou, às 7h15, que o gráfico de trânsito do Waze apontava congestionamento 15% maior que a média de três semanas. Contudo, frisando que que nesse período houve uma colisão entre caminhão e moto na pista central da via, na altura de Bonsucesso, que colaborou para o congestionamento.

Procurada, a Secretaria Municipal de Transportes ainda não respondeu o contato da reportagem, que questionou sobre o que está sendo feito para corrigir o problema do trânsito na Avenida Brasil para quem não utiliza o BRT.

A Comissão de Transportes da Câmara Municipal do Rio de Janeiro realizará, nesta terça-feira (09/04), às 10h30, audiência pública no Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia. A ideia é debater sobre os engarrafamentos e também a quantidade de multas aplicadas aos motoristas na primeira semana de funcionamento do sistema BRT na Avenida Brasil.

Informações: Diário do Rio

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Com tarifa zero, ônibus de SP têm média de 335 mil passageiros a mais nos domingos e feriados

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Os ônibus municipais de São Paulo transportaram 16,2 milhões de passageiros nas sete datas que tiveram tarifa zero desde a implementação do programa, há um mês. A medida, anunciada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) como um aceno ao eleitorado de baixa renda, é válida aos domingos e feriados.

Na comparação com os mesmos domingos e feriados do período entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, quando ainda não havia gratuidade nos ônibus paulistanos, o período mais recente teve acréscimo de 16,9% no número de passageiros. Isso dá, em média, 335 mil pessoas a mais rodando pela cidade no transporte público em cada dia de catracas liberadas.

De acordo com a SPTrans, empresa pública que opera o sistema de ônibus da capital, no Natal foram 1,5 milhão de passageiros, 25% a mais que na mesma data de 2022 (quando foram 1,2 milhão). Já no Ano Novo, o aumento foi de 27,3%: passou de 1,1 milhão para 1,4 milhão.

Se desconsiderados os feriados e suas vésperas, já houve até o momento três domingos “normais” com tarifa zero na cidade: 17 de dezembro, 7 de janeiro e 14 de janeiro. Esses dias tiveram média de 2,8 milhões de passageiros, número 28,6% superior aos 2,2 milhões de pessoas que usaram ônibus em 18 de dezembro de 2022, 8 de janeiro de 2023 e 15 de janeiro de 2023.

Em nota, a prefeitura informou que os dados “demonstram o sucesso da medida”. O material divulgado pela administração municipal para celebrar o primeiro mês do programa Domingão Tarifa Zero fala em alta de 33% na demanda pelos ônibus, dado que considera a variação em relação à média de janeiro do ano passado.

A gestão Nunes calcula que a gratuidade nos ônibus aos domingos deve representar renúncia fiscal de R$ 283 milhões por ano à prefeitura. Para 2024, esse valor foi coberto no Orçamento com o aumento na arrecadação observado no período anterior.

De acordo com levantamento mantido pelo pesquisador Daniel Santini, mestre em Planejamento Urbano e Regional pela USP, o Brasil tem hoje 103 cidades que oferecem ônibus gratuitos aos seus habitantes. As fórmulas para bancar esse programa abarcam desde o uso de royalties da exploração de petróleo até cobrança de taxas de empresas e emprego dos recursos arrecadados com multas de trânsito.

Informações: O Globo

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‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Desde que foi instalado em 11 de setembro de 2023, os Abrigos Amigos registraram 408 chamadas de passageiros solicitando companhia remota, uma média aproximada de 3,5 por dia, além de um relato de risco de alagamento. O serviço, implementado pela Prefeitura Municipal em 11 pontos de ônibus, visa a auxiliar mulheres que se encontram sozinhas nos pontos de embarque e desembarque do transporte público coletivo, oferecendo um ambiente seguro e acolhedor no período entre 20h e 5h. O Abrigo Amigo é uma iniciativa que reconhece os desafios enfrentados por mulheres que aguardam ônibus em locais públicos, especialmente durante a noite. O projeto consiste na instalação de letreiros digitais interativos, estrategicamente posicionados em diversos pontos da cidade, onde as mulheres podem esperar pelo transporte público com mais tranquilidade.

De acordo com os dados da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), desde que entrou em funcionamento, o maior volume de chamadas por companhia remota foi registrado no abrigo localizado em frente ao Campinas Shopping, na Rua Jacy Teixeira de Camargo. Foram 89 acionamentos, o que representa 21,8% do total. Na sequência, foram registradas 50 chamadas (12,25%) no ponto da Avenida Francisco Glicério (em frente ao 6º Cartório de Notas); e 50 chamadas (12,25%) no abrigo localizado na Rua Dr. Alfredo Maia Bonato, na Praça Arautos da Paz. A incidência mais significativa de acionamentos ocorreu no período entre 20h e meia noite, faixa de horário que concentrou 361 chamadas e que, em geral, é o período em que as pessoas estão iniciando ou encerrando seus turnos de trabalho.

"O Abrigo Amigo é um projeto inovador que tem trazido, principalmente às mulheres usuárias do transporte, uma sensação de segurança muito grande. É o sentimento de proteção e a certeza que tem alguém para, se necessário, te ajudar", afirma Giselle Normanha, presidente interina da Emdec. 

COMO FUNCIONA

Chamados de abrigos padrão “Glicério”, eles possuem painéis digitais adaptados para realizar chamadas de vídeo, em tempo real, entre o usuário que se sentir vulnerável no ponto e atendentes de uma central de monitoramento. Os abrigos são equipados com câmeras, conexão com a internet, sensores noturnos e microfones. Ao longo do dia, as telas funcionam normalmente para os informes publicitários.

O painel exibe a mensagem “Você precisa de companhia até chegar o ônibus? Peça agora”. Para iniciar a chamada, basta o usuário tocar na tela para que um atendente oriente e tome as providências necessárias com base na situação relatada. A empresa responsável pelos totens e o Centro Integrado de Comando e Controle de Polícia Militar do Estado de São Paulo definiram os protocolos de atendimento. A equipe da central é formada 100% por mulheres que receberam treinamento e estão aptas a direcionar as ocorrências, caso necessário, para as autoridades competentes.

Além da infraestrutura física, o projeto inclui campanhas de conscientização sobre a importância do respeito às mulheres nos espaços públicos. A sensibilização da comunidade para a questão do assédio e a promoção de valores de respeito e igualdade são aspectos fundamentais para o funcionamento do Abrigo Amigo. De todas as 408 chamadas registradas, apenas uma, que relatou a possibilidade de alagamento, teve o acionamento do Corpo de Bombeiros. Nas demais, não foi preciso realizar intervenção nesse sentido.

A reportagem visitou três pontos de ônibus que possuem os totens de Abrigo Amigo. Em frente ao Campinas Shopping, onde foi registrado o maior número de chamados, a estudante Gabriella Pereira da Silva, de 20 anos, disse que ouviu na sua faculdade o relato de uma jovem que acionou o dispositivo. Para ela, a iniciativa ajuda a garantir a sensação de segurança em um local cuja iluminação não é suficiente.

A falta de lâmpadas na rua não é único fator que atemoriza mulheres que esperam pelos ônibus. O próprio assédio de homens em carros que cruzam as vias à noite, ou pessoas que estejam sob efeito de algum entorpecente, criam a insegurança feminina quando elas estão sozinhas no local.

A auxiliar de loja Vanderleia Helena, de 46 anos, precisa, toda semana, pegar ônibus no ponto da Avenida Francisco Glicério onde há um Abrigo Amigo. "Nunca precisei usar, porque geralmente pego a condução à tarde, mas sei que funciona e com certeza traz um alívio”, afirmou.

Apesar da divulgação, no Abrigo Amigo da Orosimbo Maia ninguém que estava no ponto na tarde de quarta-feira (3) sabia da existência do dispositivo. Todos achavam que se tratava de apenas mais um totem para publicidade.

“Nunca reparei que aqui tinha esse serviço, mas, agora que sei, vou falar para minhas colegas do mercado que saem no período da noite utilizarem”, disse Dayane Brito da Silva, de 25 anos, que teve apoio do colega de profissão Luis Carlos da Silva, de 22. A diarista Roseli de Moraes, de 60 anos, também foi informada pela reportagem, no mesmo ponto, sobre o funcionamento do totem. Embora não utilize o transporte público no período noturno, disse que, se precisar, irá usar.

Agora, a Prefeitura de Campinas planeja expandir o projeto Abrigo Amigo para mais pontos da cidade, garantindo que um número maior de mulheres se beneficie dessa iniciativa inovadora. Objetivo é chegar a 20 totens até o primeiro semestre deste ano. O Abrigo Amigo é uma iniciativa da empresa privada e foi desenvolvida em conjunto uma agência e envolve a Prefeitura de Campinas, a Emdec e a Secretaria de Transportes (Setransp). A adaptação dos abrigos também não envolve recursos municipais. O projeto está sendo custeado por empresas patrocinadoras, por meio da venda do espaço publicitário por período de 12 meses.

Informações: Correio

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Passe livre no transporte é adotado em 99 cidades brasileiras

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

O Brasil inicia 2024 sem a cobrança da passagem do usuário no transporte coletivo público urbano em 99 municípios. Um salto no número de cidades com gratuidade da passagem foi dado em 2023, o ano com o maior avanço desta política no país, adotada por 35 cidades. Antes disso, o ano com mais adesões tinha sido 2021, com 15. Das 99, uma adotou entrou para a lista na segunda-feira, dia 1º de janeiro de 2024.

A relação diz respeito aos municípios que adotam o "passe livre pleno", quando a passagem não é cobrada do usuário durante todos os dias e para toda a população. Os dados são do pesquisador Daniel Santini, da Universidade de São Paulo (USP). A relação das cidades que oferecem transporte público gratuito é atualizada permanentemente por Santini e pode ser conferida aqui.

Duas cidades do Rio Grande do Sul estão na lista: Parobé, no Vale do Paranhana, que adota a medida desde março de 2022, e Pedro Osório, no Sul do Estado, que oferece transporte gratuito desde novembro de 2018. Ao todo 12 estados têm cidades com passe livre no transporte, sendo a maior concentração em São Paulo, com 30, e em Minas Gerais, com 26, seguidos por 11 no Rio de Janeiro e em Curitiba. Santa Catarina integra a lista com sete cidades.

Em entrevista concedida à Agência Brasil no fim de dezembro passado, Santini destaca o "momento de expansão da política de tarifa zero no Brasil". Para ele, "existe aí uma multiplicação de experiências, tem o que a gente chama de efeito contágio, ou seja, uma cidade vizinha influencia a outra, que influencia a outra, e a coisa vai se multiplicando".

O pesquisador ressalta que o crescimento do número de cidades com tarifa zero no país ocorre dentro de um contexto de queda acentuada no número de passageiros do transporte público e da consequente crise do sistema de financiamento baseado na cobrança de passagens. Dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostram que, no mês de outubro de 2013, foram transportados 398,9 milhões de passageiros no país. Em outubro de 2022, essa quantidade caiu para 226,7 milhões, com redução de 43%.

Santini aponta que a situação é um círculo vicioso. Para manter a mesma receita com menos passageiros é necessário aumentar o valor da passagem; o aumento da passagem, no entanto, faz reduzir o número de passageiros. "O modelo de financiamento baseado na receita das catracas não se sustenta mais. A gente tem vivido repetidos ciclos de perdas de passageiros, e isso tem uma influência direta aí na manutenção e gestão dos sistemas. E a tarifa zero surgiu como uma alternativa, como uma possibilidade, e é uma política especialmente interessante por reunir uma dimensão que ela é social e ambiental ao mesmo tempo", defende o pesquisador.

Exemplo para os municípios mais populosos

Das cidades com passe livre, 11 têm população acima dos 100 mil habitantes, conforme os dados do Censo 2022, e seis adotaram a medida em 2023. É o caso de São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo, que tem 165 mil habitantes. A prefeitura informa que dobrou o número de usuários do sistema de transporte, passando de 25 mil por dia, em média, para 52 mil, com picos de 54 mil.

Ainda conforme a prefeitura informou à Agência Brasil, a estimativa de custo com a medida é de R$ 35 milhões anuais, o que corresponderá a 1,5% do orçamento total do município previsto para 2024. Lá o programa "tarifa zero" é bancado pelo Fundo de Apoio ao Transporte da prefeitura, composto por recursos de multas de trânsito, exploração de ações publicitárias envolvendo o sistema de transporte e dotações orçamentárias próprias de fontes relacionadas à mobilidade urbana e à sustentabilidade socioambiental.

Para Daniel Santini, pesquisador da USP, "existe agora uma maior percepção de que é possível estruturar tarifa zero também em cidades mais populosas, com redes de transporte público mais complexas". Um ponto favorável apontado por ele é que as cidades mais populosas costumam ter orçamento maior do que cidades menores.

Repercussão do caso de Porto Alegre

Porto Alegre, que já teve um domingo de passe livre por mês, esteve na origem de um debate nacional em 2022, quando veio à tona a medida da prefeitura de não oferecer gratuidade no transporte no dia da eleição. O fim dos dias sem cobrança de tarifa haviam sido aprovados pelo Legislativo no fim de 2021, a partir de projeto do governo municipal.

Com a repercussão nacional e ações na Justiça, o prefeito Sebastião Melo (MDB) voltou atrás e recolocou na lei a previsão de gratuidade em "dia de eleição com voto obrigatório". A capital gaúcha tem passe livre também no feriado de Nossa Senhora de Navegantes (2 de fevereiro) e nos sábados com campanha de vacinação chamadas de "Dia D", mediante decreto do Executivo.

Exemplo da capital paulista

Em São Paulo, capital, o passe livre passou a ser adotado aos domingos desde o dia 17 de dezembro do ano passado. No primeiro dia com tarifa zero, foi registrado um crescimento de 35% no número de passageiros em relação aos domingos anteriores.

Informações: Jornal do Comércio

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Passe Livre bate recorde e registra maior crescimento no país em 2023

O fim da cobrança da passagem no transporte coletivo público urbano avançou em 2023 no país como nunca registrado antes. Desde janeiro, foram 31 municípios que adotaram o sistema pleno, que abrange a tarifa zero no transporte durante todos os dias, para toda a população. O ano de 2021 foi o segundo em mais adesões: 15 cidades. No total, o país hoje conta com 94 municípios com Passe Livre pleno. Os dados são do pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Santini.

São Paulo é o estado com maior número de municípios com tarifa zero: 29, seguido de Minas Gerais (25), Paraná (11), e Rio de Janeiro (10). O estado paulista também lidera na quantidade de cidades que adotaram o Passe Livre em 2023. Dos 31 municípios que implementaram o sistema neste ano, dez estão em São Paulo, seguido de Minas Gerais (6), Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (5), Paraná (3), Goiás (1), e Rondônia (1).

“A gente está vivendo um momento de expansão da política de tarifa zero no Brasil. 2023 foi o ano em que houve mais adesões e a gente está vivendo uma tendência muito clara. Existe aí uma multiplicação de experiências, tem o que a gente chama de efeito contágio, ou seja, uma cidade vizinha influencia a outra, que influencia a outra, e a coisa vai se multiplicando”, destaca Santini.

Ele ressalta que o crescimento do número de cidades com tarifa zero no país ocorre dentro de um contexto de queda acentuada no número de passageiros do transporte público e da, consequente, crise do sistema de financiamento baseado na cobrança de passagens.

Dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostram que, no mês de outubro de 2013, foram transportados 398,9 milhões de passageiros no país. Em outubro de 2022, essa quantidade caiu para 226,7 milhões, com redução de 43%.   

De acordo com o pesquisador, a situação é de um círculo vicioso. Para manter a mesma receita com menos passageiros é necessário aumentar o valor da passagem; o aumento da passagem, no entanto, faz reduzir o número de passageiros.

“O modelo de financiamento baseado na receita das catracas não se sustenta mais. A gente tem vivido repetidos ciclos de perdas de passageiros, e isso tem uma influência direta aí na manutenção e gestão dos sistemas. E a tarifa zero surgiu como uma alternativa, como uma possibilidade, e é uma política especialmente interessante por reunir uma dimensão que ela é social e ambiental ao mesmo tempo”.

O engenheiro Lúcio Gregori, secretário de transportes da gestão de Luiza Erundina na prefeitura de São Paulo (1989-1993), e elaborador do Projeto Tarifa Zero em São Paulo, afirma que, com as seguidas elevações no preço das tarifas do transporte, parte da população deixou de ter condição financeira de se locomover pelo transporte público. 

“[A diminuição das viagens é decorrência] de reajustes de tarifas cada vez maiores; por exemplo, em função do aumento do preço de combustíveis. Mas no geral, a questão é tarifária. Quer dizer, a tarifa foi aumentando numa proporção que os usuários foram perdendo as condições de pagá-la e foram deixando de usar o transporte coletivo. Fundamentalmente é isso”.

Dos 94 municípios que adotaram o Passe Livre no país, apenas 11 têm mais de 100 mil habitantes, encabeçados por Caucaia, no Ceará, com população de 355 mil pessoas; Luiziânia (GO) (209 mil); e Maricá (RJ) (197 mil). A complexidade dos sistemas de transporte das cidades mais populosas é apontada como um empecilho para adoção da tarifa zero nessas localidades.

No entanto, 2023 foi o ano em que mais cidades com mais de 100 mil habitantes adotaram o sistema gratuito para os passageiros, apontando uma nova tendência. Foram seis municípios: Luiziânia (GO) (209 mil habitantes); Ibirité (MG) (170 mil); São Caetano do Sul (165 mil) ; Itapetininga (SP) (157 mil); Balneário Camboriú (SC) (139 mil); e Ituiutaba (MG) (102 mil).    

“As cidades com mais de 100 mil habitantes estão adotando a tarifa zero, é parte de uma tendência. Existe agora uma maior percepção de que é possível estruturar tarifa zero também em cidades mais populosas, com redes de transporte público mais complexas”, diz Santini.

“Ao mesmo tempo que é mais desafiador você trabalhar com uma rede mais estruturada, é preciso lembrar também que as cidades mais populosas costumam ter um orçamento maior do que cidades menores. Isso também é um potencial”, acrescenta o pesquisador.

São Paulo

De acordo com dados da prefeitura, o número de passageiros que utilizaram o sistema no primeiro domingo de passe livre cresceu 35% em relação aos domingos anteriores: passou de 2,2 milhões para 2,9 milhões de pessoas. Nas regiões periféricas, o aumento de usuários chegou a 38%.

“A cidade de São Paulo adotar a tarifa de anos nos domingos é um grande passo. A gente entende, cada vez mais, a mobilidade urbana como uma ferramenta de acesso à cidade. E a tarifa é uma barreira. Mesmo com pouca divulgação, já no  primeiro dia, teve 35% a mais. Isso demonstra que, de fato, a cobrança de passagem é uma barreira de acesso à cidade”, destaca a diretora do Instituto Multiplicidade e Mobilidade Urbana, Glaucia Pereira.

Ela ressalva que a decisão, mesmo tomada em véspera de ano eleitoral, vai ao encontro da Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, que prevê que o transporte nas cidades deve ser gerido para reduzir desigualdades e diminuir barreiras sociais.

“São Paulo sempre teve medidas eleitoreiras no transporte, só que a medida principal eleitoreira sempre foi fazer asfalto [para o carro]. E esse prefeito vem fazendo asfalto [para o carro]. Mas mesmo que essa medida [do Passe Livre aos domingos] seja eleitoreira, é a primeira vez que há uma medida eleitoreira de acordo com a política que diz que a mobilidade deve, na verdade, reduzir desigualdades e diminuir as barreiras”, ressalta Pereira.

Informações: Agência Brasil EBC

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Cidades inteligentes já existem no Brasil

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Uma cidade brasileira ganhou o prêmio de Cidade Mais Inteligente do Mundo, no World Smart City Awards 2023, realizado na Espanha. Curitiba (PR) foi reconhecida por aplicar estratégias inovadoras e sustentáveis que geram bem-estar e impacto positivo na economia das áreas urbanas. Além da capital paranaense, Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Niterói (RJ) foram apontadas, também neste ano, como as mais inteligentes do país na 9ª edição do Connected Smart Cities. Os rankings, que consideram critérios como mobilidade urbana, conectividade, engajamento social e outros, são essenciais para discutirmos o que é necessário para tornar uma cidade inteligente e quais os impactos positivos para suas populações.

Como já é sabido, temos passado por uma radical transformação digital nos últimos anos, impulsionada pelas inovações desenvolvidas para atender demandas sociais antigas por mais conforto, agilidade, eficiência, sustentabilidade e transparência. Isso demanda o planejamento de um futuro que gere impacto positivo na vida dos cidadãos e também no meio ambiente. Por isso, é essencial trabalhar para construir espaços que cada vez mais equilibrem o desenvolvimento e avanço da humanidade.

Neste contexto é que surgem as smarts cities, que contam com sistemas integrados de soluções capazes de tornar a gestão mais eficiente, por meio da coleta, tratamento e análise de dados estratégicos, com benefícios para a mobilidade urbana, segurança pública, iluminação de espaços públicos e monitoramento de incidentes e de condições climáticas.

Outro ponto que precisa ser levado em consideração é a acessibilidade. Em uma cidade inteligente, todos precisam ter acesso a diferentes lugares, tanto física quanto virtualmente. Para isso, é necessário investir em infraestrutura e monitoramento de espaços públicos, bem como em redes de internet capazes de comportar a interação social e por meio de softwares e aplicativos.

As smart cities atuam de maneira sustentável ao utilizar fontes de energia renovável e sistemas mais eficientes para gerir resíduos e poluição do solo e do ar. Ao mesmo tempo, incentivam a construção de hubs e polos de inovação e tecnologia, o que atrai empresas, cria vagas de trabalho e impulsiona a economia. Isso, porém, é possível quando há considerável aporte em um sistema de educação acessível a todos e que corrobore cada uma das lições sobre o desenvolvimento responsável da sociedade.

É por isso que as universidades, sejam públicas ou privadas, têm um papel importante nessa evolução. Instituições de ensino como o Centro Universitário Facens – referência nacional em metodologias inovadoras de educação nas áreas de arquitetura, engenharia, saúde, tecnologia e veterinária –, por exemplo, já atuam em favor do desenvolvimento de soluções que são aplicadas dentro e fora do ambiente acadêmico, com foco na melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos.

Vale ressaltar, por fim, que é preciso olhar para o futuro e basear projetos dos municípios nos eixos das cidades inteligentes orientados pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), contando sempre com o apoio da ciência para criar as ferramentas necessárias. As smart cities já são uma realidade, mas ainda há muito o que construir para que todos os municípios brasileiros tenham acesso a inovações tão importantes. Devemos, então, continuar trabalhando para atingir esse objetivo, afinal, isso precisa se tornar uma realidade em outras regiões do país. 

Informações: Estado de Minas

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